Indicadores de Qualidade de Sites Educativos

Referências Bibliográficas:

Carvalho, A. A. (2006). Indicadores de Qualidade de Sites Educativos. Cadernos SACAUSEF – Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e a Formação: Avaliação de locais virtuais de conteúdos educativos, Número 2, Ministério da Educação, 55-78. http://hdl.handle.net/1822/5922

Registo de leitura:

A World Wide Web Integra uma diversidade imensa de informação que cresce de dia para dia. Contudo, a diversidade e multiplicidade de informação disponível não é garantia de qualquer qualidade. De acordo com Carvalho (2006), podem ser distinguidas quatro fases que permitem verificar a evolução na construção de sites: a 1ª fase designada por informação corrida ou “lençol”; a 2ª fase designada por multimédia (“multimédia no seu pior”); 3ª fase correspondente a design gráfico e interactividade; 4ª fase correspondente à edição colaborativa online. Estas fases mostram uma evolução não só no design gráfico mas também na diversidade de recursos que vão sendo disponibilizados, na comunicação que se intensifica e no papel atribuído ao utilizador, que passa a interagir com a informação e a produzir os seus próprios textos, disponibilizando-os online.

De acordo com Carvalho (2006), um site é constituído por um conjunto de páginas ligadas entre si, estabelecendo hiperligações a outros sites. A página de entrada (Home) deve disponibilizar o título do site, a sua finalidade, o público-alvo, a pessoa ou entidade responsável por ele, os contactos, as datas de criação e de actualização. Deve ainda referir os requisitos de optimização do site.

O menu deve reflectir as secções do site e estar sempre disponível, bem como a ajuda ao utilizador, o nome do site e o nome da página. Em rodapé, deve existir uma referência aos direitos de autor, a data de actualização e o URL.

A interface deve ser agradável e consistente entre as diferentes páginas, permitindo que o utilizador navegue facilmente no site e não se desoriente.

As plataformas open–source tais como o Moodle ou o Sakai, também permitem disponibilizar informação, possibilitando a comunicação síncrona e assincronamente, editar individualmente ou colaborativamente e, têm a vantagem de proporcionar privacidade aos professores e aos alunos ao exigirem uma palavra-passe.

Um site educativo deve ter subjacente os princípios básicos estruturais, de navegação, de orientação, de design e de comunicação de qualquer site mas, deve ainda motivar os utilizadores a quererem aprender e a quererem explorar a informação disponível. Deve ainda disponibilizar uma variedade de actividades com grau de complexidade diferente, de modo a motivar um leque amplo de alunos, e deve ser aberto à comunidade educativa, apresentando informação específica para os diferentes agentes educativos: alunos, professores e encarregados de educação. Deve ainda apresentar sugestões de actividades complementares e integrar ajuda ao utilizador e a perguntas frequentes (FAQs).

Ferramentas de comunicação como e-mail, chat, fórum, áudio e videoconferência constituem mais um requisito de site educativo. O site deve ter ainda um espaço de partilha de trabalhos e projectos feitos por professores e alunos.

Carvalho (2006) considera cinco componentes principais de um site educativo: a informação, as actividades, a comunicação, a edição e a partilha. Estes componentes estão relacionados entre si, contribuindo para dinâmicas interactivas, auto-suficientes e de responsabilização na aprendizagem e produção de trabalhos (Carvalho, 2006, p.8).
Figura 1 – Componentes de um site educativo (Carvalho, 2006, p.8)

Tendo por base a norma ISO/IEC 9126-1 (2001) e numa revisão de literatura consistente nesta área, Carvalho (2006) apresenta nove indicadores de qualidade de um site educativo: a identidade (nome do site, propósito ou finalidade, a autoridade e a data de criação e a última actualização); a usabilidade (estrutura do site, navegação e orientação no site, interface); rapidez de acesso (hiperligações activas); níveis de interactividade; informação (temática e adequação de orientações curriculares, abordagem feita ao assunto, correcção do texto, referências bibliográficas, data e actualidade, autor); actividades; edição colaborativa online; espaço de partilha; comunicação.

Saber identificar os indicadores de qualidade de um site educativo é uma competência imprescindível no século XXI, dada a crescente importância da Web enquanto recurso informativo. Neste contexto, Carvalho (2006) considera importante que o professor, enquanto orientador da aprendizagem, saiba tirar partido dos sites educativos com qualidade existentes na Web, rentabilizando a informação online e educando os alunos para a Sociedade de Informação.

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