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A mostrar mensagens de novembro, 2010

Poema para Galileu

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Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano, aquele teu retrato que toda a gente conhece, em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce sobre um modesto cabeção de pano. Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença. (Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício. Disse Galeria dos Ofícios.) Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença. Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria… Eu sei… eu sei… As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia. Ai que saudade, Galileo Galilei! Olha. Sabes? Lá em Florença está guardado um dedo da tua mão direita num relicário. Palavra de honra que está! As voltas que o mundo dá! Se calhar até há gente que pensa que entraste no calendário. Eu queria agradecer-te, Galileo, a inteligência das coisas que me deste. Eu, e quantos milhões de homens como eu a quem tu esclareceste, ia jurar- que disparate, Galileo! - e jurava a pés juntos e apostava a cabeça sem a menor hesitação- que os corpos caem tanto

Dia Nacional da Cultura Científica

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http://www.cienciaviva.pt/semanact/edicao1997/ A 24 de Novembro de 1997, para comemorar o nascimento de Rómulo de Carvalho e divulgar o seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da ciência, foi instítuido o Dia Nacional da Cultura Científica. Em homenagem a Rómulo de Carvalho, professor de Física e Química, que escrevia sob o pseudónimo de António Gedeão, aqui fica um dos seus poemas: Lágrima de Preta Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio. Rómulo de Carvalho/António Gedeão

Na época das Castanhas

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Estamos na época das castanhas e dos magustos! O dia de S. Martinho é geralmente festejado em todo o país com as primeiras castanhas do ano e vinho novo. São deliciosas as castanhas, assadas ou cozidas, mas antes de serem cozinhadas têm de ser cortadas ou retalhadas. Porque será? Claro que é para não rebentarem. Mas porque é que as castanhas rebentam ao serem cozinhadas? As castanhas contêm bastante água na sua composição. Cerca de metade do peso de uma castanha corresponde a água. Assim, quando são aquecidas, essa água passa ao estado de vapor. A pressão do vapor vai aumentando e exercendo uma pressão sobre a casca, que a vai “empurrando” e se esta não tiver levado um golpe para deixar escapar esse vapor, a castanha pode explodir e a castanha fica desfeita em vários pedaços. É surpreendente como muitos dos fenómenos físicos e químicos que estudamos no Laboratório se apliquem afinal à Cozinha! E atenção, quando assar castanhas, não se esqueça de as cortar! Bom magusto de S. Martinho!

História da Tabela Periódica

Ainda a propósito da Tabela Periódica ...

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O elemento 117 do quadro de Mendeleev Investigadores russos e norte-americanos desenvolveram um novo elemento químico – o elemento de número atómico 117, que permitirá uma série de novas descobertas. A representação da novidade no quadro de Mendeleev (tabela periódica) vem ocupar o espaço em branco na sétima fila, junto dos elementos ‘pesados’, aqueles com massa atómica elevada. Após as recentes descobertas dos 113, 114, 115, 116 e 118, o 117 permanecia ausente. Referências Bibliográficas: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41518&op=all

Um ponto de partida para o estudo da Tabela Periódica ...

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A Química estuda as propriedades de todas as substâncias que entram na constituição da enorme diversidade de materiais existentes na Terra. Essas substâncias são, por sua vez, formadas por elementos químicos. Cada tipo de átomos corresponde a um elemento químico diferente. Actualmente, conhecem-se mais de uma centena de elementos químicos diferentes. Não são muitos, mas como os átomos do mesmo elemento, ou de elementos químicos diferentes, se podem ligar das mais diversas formas, e em número variado, é possível formar com eles um grande número de substâncias diferentes. Embora alguns elementos químicos, como o ouro, o ferro, a prata e o cobre, sejam conhecidos desde a Antiguidade, até ao princípio do século XIX apenas se tinham descoberto cerca de 30 elementos químicos diferentes.Contudo, em meados do mesmo século, o seu número já tinha duplicado. À medida que novos elementos químicos foram sendo descobertos, os cientistas constatavam a existência de certas semelhanças nas propriedades